Soneto de Clausura
O amor que nos prende como as amarras
que cerram as mãos de um detento, é
o mesmo que nos liberta como asas
em revoada pelo firmamento.
Somos duas sementes ocultas
na terra, sem sol e sem luz. Vivemos
numa sombra secreta que repousa
ávida sobre nossos corpos nus.
Mas as sementes que germinam trazem
secretamente a vida que floresce
e no apertado aroma resplandescem.
Então nós nos amamos em clausura.
Presos pelo sentimento, mas livres
no infinito dos sonhos e loucura!
(Deolinda Cornicelli)
Atualmente vivemos num mundo muito banal,aonde as pessoas preferem entregar o seu corpo, no lugar de seu coração.
ResponderExcluirNão deveria ser o contrário?
O corpo a consequência de um coração entregue?
Um amor que se explode com a entrega dos corpos que falam o que a alma sente?
Nesse soneto tem ALMA. Ele prova o contrário do mundo banal, representa as pessoas que ainda acreditam em comunhão de amor e por isso eu o amo.
Obrigada Janaína... Vc é uma pessoa adorável... Um grande abraço...
ResponderExcluir